2008/04/28
Os Retornados
"...Outubro, 1975. Quando o avião levantou voo deixando para trás a baía de Luanda, Carlos Jorge tentou a todo o custo controlar a emoção. Em Angola deixava um pedaço de terra e de vida. Acompanhado pela mulher e filhos, partia rumo ao desconhecido. A uma pátria que não era a sua. Joana não ficou indiferente ao drama dos passageiros que sobrelotavam o voo 233. O mais difícil da sua carreira como hospedeira. No meio de tanta tristeza, Joana não conseguia esquecer o olhar firme e decidido de Carlos Jorge. Não percebia porquê, mas aquele homem perturbava-a profundamente. Despertava-a para a dura realidade da descolonização portuguesa e para um novo sentimento que só viria a ser desvendado vinte anos mais tarde. Foram milhares os portugueses que entre 1974 e 1975 fizeram a maior ponte área de que há memória em Portugal. Em Angola, a luta pelo poder dos movimentos independentistas espalhou o terror e a morte por um país outrora considerado a jóia do império português. Naquela espiral de violência, não havia outra solução senão abandonar tudo: emprego, casa, terras, fábricas e amigos de uma vida..."
Pois é este foi o último livro que li. Foi mera curiosidade da minha parte saber um pouco mais sobre aquela gente que foi escorraçada e forçada a deixar tudo o que tinha. Mas deparei-me com um livro muito fraco em factos históricos, ou seja, não aprendi quase nada a não ser as siglas do vários movimentos de libertação e pouco mais que isso. O livro começou bem e foi enfraquecendo por aí a fora. Começou com a ponte aérea ( foi a parte que mais gostei), depois prendeu-se muito com o romance entre os protagonistas, vira o disco e toca o mesmo, como dizia o outro ...Onde é que eu já li isto?...Por fim o livro tornou-se mesmo uma seca com as descrições que o autor faz a Angola e arredores. É giro para quem conhece aquilo mas para quem não conhece torna-se simplesmente uma seca. Fala da farmácia Y do teatro X e do café W etc etc...
estava à espera de mais...
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