2012/06/04

O Navio do ópio

Sinopse


Uma estranha plantação em Porto Santo esconde uma intriga política e uma paixão proibida que mudam o sentido da vida e do amor.
Numa missão secreta e perigosa, Américo Pereira chega à Madeira em 1817 para implementar uma plantação de ópio. A sua viagem e estadia na ilha fazem parte de uma estratégia arriscada de um dos mais poderosos homens de Macau, Miguel de Arriaga, que pretende tornar o longínquo território não apenas um porto de escoamento de ópio inglês para a China, mas também um produtor autónomo. Porto Santo tem as condições ideias para a plantação. Mas na Madeira vê-se no meio de múltiplas conspirações. Procura aliados e reconhece-os entre os que sonham com a independência do Brasil. Descobre inimigos no seio da poderosa elite britânica que domina a ilha. E encontra novamente o amor nos braços de uma inglesa, apesar das saudades da mulher que deixou em Macau. Tudo se complica quando chega a altura de enviar o ópio para Macau num navio que poderá mudar as regras comerciais e políticas do território macaense.

Opinião
Este livro é sem dúvida alguma filosófico.
Pobre em personagens, fraco em imaginação e praticamente sem história.
Sem acção, sem mistério/suspense, e rico em citações e tiradas filosóficas.
Por exemplo 
"O movimento e o caos traçam a nossa vida, tudo é imprevisível.
É preciso conhecer as pessoas, prestar atenção, estar extremamente atento à face dessa pessoa, à forma como fala e como diz as coisas, às cores da sua cara, ao movimento dos olhos, às frases que não terminam, aí entre desejos e necessidades que, muitas vezes não transparecem nas palavras, descobre-se muito da pessoa com quem falamos"
Dá para perceber que o autor quer divagar, acho mesmo que é esse o propósito do livro, mas às vezes parece forçado, em diálogos simples sobre, por exemplo, negociações sobre o transporte do ópio e assim do nada começam a falar sobre o amor, saudade, solidão etc...
O autor quer divagar sobre estes temas ( e fá-lo bem) mas não os consegue inserir na história naturalmente.
Houve momentos que pensei , - bem agora é que vai começar a acção! e não lá aparece outra divagação sobre temas vindos sei lá de onde.

Este livro só vale pelas citações contidas

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